no compasso deste nosso bolero
No ritmo compassado de dois por um
deste nosso bolero do amor carinhoso
ao som deste nosso bolero
só cantando bolero, neste tempo
Um beijo com gosto de bolero,
da sua Maria Teresa
Que lindo é o amor de outono.Amor maduro.Amor do sabe o que quer.Amor do carinho sincero.Amor do afeto sem medida.Amor de confiança plena.Amor sem espera, só de encontros.Amor, amor.Ah como é lindo o amor de outono.Amor sem medo de amar.Amor sem medo de demonstrar.Amor sem medo de dizer a toda hora, “eu amo você”.Amor sem medo do amanhã, por que o hoje é a hora de amar.Amor com loucuras sem medidas.Amor com sabedoria infinita.Amor sem manipulações.Eu amo você meu amor, esteja certo mais que ontem.Beijinhos no coração de sua Maria Teresa
Nada mais lindo para ilustrar a entrada do Outono, uma das estações mais belas do ano que Noturno de Chopim, por si só esta belíssima peça, já fala
basta ouvi-la com o coração.E não é por acaso que a Quaresma tenha sempre seu espaço dentro desta estação é o tempo da conversão, da oração, do encontro, da reflexão.Outono é a mesma coisa no tempo e no espaço da natureza e no tempo do espaço do ser da nossa vida, que é também um momento reflexivo, de semeadura e de colheita, inclusive de novos amores deixando o ser fluir, como flui a natureza.Outono, estação de fazer nascer a ousadia do amor.O tom verde das folhas baila aos nossos olhos e o tempo como num passe de mágica, passa por elas deixando amarelecidas.As pessoas ficam serenas como se a maturidade chegasse de repente... a pele se acalma, o sorriso aflora, o olhar tem um novo brilho...Dá vontade de cantar e ouvir velhas estórias, fazer confidências, reunir amigos em casa, ouvir velhos discos, aqueles de “vinil”, ler aquele livro esquecido sobre aquela escrivaninha, namorar com o par certo e com ele dançar um bolero bem de perto...Dá vontade de entrar em harmonia com Deus, numa contemplação única, divina.Outono tempo de semear na natureza e em nosso coração as sementes da vida, do sonho, da alegria, da lealdade, da ternura, do carinho enfim da ousadia de amar e ser amada...Um abraço e feliz outono, Maria Teresa
A alma daquela mulher anda como as estações
Seu coração está na mão das estações
Ele sabe definir o vento, o sol, a alegria, a tristeza...
E se aninha a saudade vendo o sol partir!
O sol parte em busca de um novo dia do outro lado
E a noite vem e aperta este coração solitário
Sufocando o ser que quer ser e fazer feliz.
Mas está tão triste e o pior se sentindo tão sóQue por mais que queira não consegue ser
Pode apenas estar ali sozinha no canto de si mesma.
E de mãos dadas com as estações e muito triste
Caminha lentamente pela solidão de si mesma
Que se fez sossego dentro dela e em seu coração
Mas que chora por um amor que não chega
E que agora tem medo até de ser e até de estar.
Cansada de apenas estar
Recolhe-se a poesia que adentra o seu ser
Encolhe-se todinha a espera de inspiração
Para rimar com estações, por que seu
Pensamento voa e não consegue atinar
Que você não chega a tempo para eu lhe amar!